No Amazonas temos muitos artistas talentosos, aqui no Mapingua Nerd você pode sempre conferir lançamentos e novidades sobre os artistas locais. O blog tem uma enorme vontade de ajudar no cenário local, seja por meio de entrevistas ou divulgações, estamos sempre correndo atrás de novidades que merecem levar aquele empurrãozinho e assim serem reconhecidas por mais pessoas. Desta vez, entramos em contato com o escritor Jan Santos, que prepara um livro cheio de coisa boa.
O escritor já deu o ar de sua graça aqui na terra do Mapinguari no ano passado, quando publicamos uma matéria na qual Jan falava sobre o seu segundo livro, chamado “A Rainha de Maio“, uma espécia de fábula contemporânea que foi inspirada por Macunaíma e Sandman, uma mistura que pode parecer um pouco estranha, mas que nas mãos de Jan ganhou uma identidade própria.
Para este ano, Jan Santos vai além e prepara o lançamento do seu terceiro livro, chamado “O dia em que enterrei Miguel Arcanjo e outros contos de fadas”, que será lançado exclusivamente na plataforma online da Amazon no dia 16 de junho, durante o evento “Amazônia Literária“.
“O livro se trata de uma reunião de contos que falam sobre uma entidade, uma espécie de fada, visagem, criatura, que assume várias formas para interagir de forma peculiar com os seres humanos, sempre presente no folclore de um sem fim de povos. Pode ser um gato revivendo as dores do luto de uma família, ou sua única companheira na hora da morte. Pode ser aquela sensação estranha que a gente sente quando os pássaros cantam e o mundo está em silêncio, ou a consequência final de uma overdose”, revela o autor.
A inspiração
Para escrever o livro, Jan Santos tirou inspiração principalmente dos elementos folclóricos galeses que estão presentes nas letras da banda Fleetwood Mac, sendo assim, acabou fazendo um link com passagens de diversos mitos presentes em várias culturas, como a indígena, a orixá e a grega.
A arte de um autor independente em Manaus
“A parte complicada de escrever em Manaus é que há uma articulação menor do cenário artístico”, para o escritor, ainda não há um efervescente mercado editorial, como ocorre no eixo sudeste do país, e que talvez o desafio acabe estimulando os autores independentes a se esforçarem mais para procurar dar visibilidade para o trabalho de forma intensa.
“O que é bacana escrevendo em Manaus é que você tende a ter um público bastante fiel, e se não podem colaborar efetivamente com o seu trabalho, deixam claro que acreditam no que você faz”, revela Jan Santos.
Para o futuro, uma surpresa. Jan não prepara outro livro, mas sim um jogo. E não qualquer tipo de jogo, mas um jogo baseado na mitologia nórdica que será desenvolvido junto com alguns amigos.
Você pode ficar por dentro das novidades curtindo a página do livro e esperando pelo seu lançamento digital que acontece já no próximo mês.