Você checa o preço “salgado” e pensa: Eu preciso mesmo disso? Daí você lembra do selo holográfico exclusivo, do box em capa dura e dos textos complementares em duas HQs históricas do vilão que rouba a cena onde quer que apareça. Então acaba concluindo o inevitável: É lógico que preciso!

Após a febre de ingressos esgotados em cinemas selecionados pelo Brasil para a animação de A Piada Mortal, a HQ se tornou recorrente em livrarias online e grandes potências comerciais do mundo literário. A relíquia de 2002 que há alguns anos custava entre R$ 150,00 e R$ 200,00 em sebos virtuais, hoje surge com uma nova edição mais confortável ao bolso; um relançamento, desta vez, pela Panini Books, que teve em vista a gigante visibilidade do caricato vilão “trollador” de morcegos em Gothan – o Coringa.

Acontece que no meio de todo esse alvoroço editorial surgiu um diamante cobiçado pelos fiéis colecionadores de quadrinhos (em especial os fãs da DC COMICS): o Box Coringa e Batman – A Piada Mortal – Edição Especial e Limitada. É claro que qualquer nerd que se preze estremece logo de cara com um título tão cheio de atributos e, meus caros, devo-lhes dizer: o título faz o mais perfeito jus ao conteúdo.

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A seguir listamos uma série de atributos desse box comemorativo de 75 anos para o caso de você sofrer com a mísera dúvida do “compro ou não compro”, ou simplesmente ser mais uma vítima da síndrome do “meu dinheiro sendo bem gasto”. Confere aí!

O conjunto se resume a uma caixa de papelão de alta gramatura e rigidez revestida por ilustrações exclusivas das obras assim como dois títulos da DC Comics – bastante expressivos, diga-se de passagem -, Coringa, de Brian Azzarello e Batman – A Piada Mortal, de Alan Moore. A caixa ao mesmo tempo que nos transmite histeria nos impressiona pelos traços vívidos impressos de forma minuciosa. A edição também é composta por três selos, dois em comemoração aos 75 anos de existência do personagem e um selo holográfico que resgata a exclusividade do produto, numerado conforme a quantidade limitada de distribuição – um mimo que só os “fominhas” por coleção como eu entendem a verdadeira relevância.

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Os dois livros são compostos por capa dura, dimensão de 26×17, e cores tão energéticas quanto sombrias. Começando por Coringa, de Brian Azzarello, encontramos uma atmosfera menos simpática, beirando ao terror nos olhos doentios do personagem. Nele encontramos o Joker em confronto com outros vilões de Gothan City, assistimos a motivação de seus aliados por diferentes pontos de vista, tal qual a briga pela reconquista territorial que no fim das contas se resume em deixar bem claro que é o verdadeiro dono do pedaço. As ilustrações em sépia constante e a construção de uma HQ mais direta, sem textos novos ou qualquer aditivo deixo a premissa para o trabalho objetivo da editora em vangloriar a segunda obra presente no box – a queridinha e famigerada piada mortal de Allan Moore.

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Batman – A Piada Mortal, ao contrário da obra anterior, é cheia de novidades. Um livro de aproximadamente 80 páginas, composto por prefácio, posfácio (ambos mostrando o ponto de vista dos criadores), esboços do coringa em seus diversos trajes, além de ‘Batman e Robin – O Menino Prodígio’ estampar as últimas páginas como um memorável retrato à uma das primeiras aparições do vilão em 1940. Um verdadeiro regalo para os amantes de uma boa piada repleta de socos e morcegos intrometidos.

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Agora vamos falar de coisa boa? (Okay, okay, nem tão boa assim) Vamos falar de preços! Há quem critique a edição por conta do superfaturamento em cima do box, já que em média cada livro custa 23,90, quando o box, por sua vez, estaria 64,90 [Nota do editor: no momento está em promoção na Saraiva, por R$ 52]  . O fato é que, sim, o conjunto da obra poderia ser mais barato, contudo, em se tratando de Brasil e a subjetividade da qualidade empregada nas edições brasileiras, o box de 75 anos de A Piada Mortal pode ser sim considerado uma boa aquisição devido aos detalhes e mimos editoriais empregados na obra, o que supriu – e até demais – a ânsia dos fãs por um artigo de luxo que pudesse ser apreciado para além de nossas estantes.

E quanto à leitura, eu recomendo esquecer por um instante o estigma de alguns atores como Jared Leto, Jack Nicholson ou Heath Ledger (não, o Heath Ledger não) e mergulhar de cabeça na verdadeira fonte de histeria e perversidade por detrás do icônico Coringa e seu sorriso avantajado.


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