Copos pela metade sobre mesas apertadas. Jovens entre 14 e 22 anos de olhos atentos nos telões vibrando a cada nova jogada. O bar lotado, a gritaria uníssona. Poderia ser um jogo de fubebol ou uma luta de MMA, mas o que está passando nos telões é Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLOL) que aconteceu no dia 8 desse mês.

Aqui em Manaus a comunidade de League of Legends simplesmente lotou o bar Gargalo Sport Beer, na Rua Rio Branco, pra assistir o campeonato. Nós fomos lá dar uma conferida e tentar responder a pergunta do quão grande está se tornando o E-Sport em Manaus e no Brasil.

Afinal quão grande é o E-Sport no Brasil?

Pra se ter uma ideia, só no ano passado no Brasil os e-sports movimentaram mais de 500 mil reais em torneios. Sem contabilizar salários de jogadores, ingresso em eventos, publicidade e todo um segmento de mercado que cresce com esse público cada vez mais consciente do seu tamanho e das suas necessidades.

Ao redor do mundo são mais 71 milhões de espectadores dos E-Sports. Esse ano o vencedor do CBLOL ganhou 60 mil reais como prêmio. Foram 12 mil pessoas participando presencialmente no Aliannz Park que foi onde aconteceu o campeonato. (O Mapingua Erlan foi, veja aqui)

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A Comunidade

Em Manaus a comunidade de League of Legends organiza há três anos o Bar Legends, que nada mais é do que uma grande reunião de fãs pra assistir os campeonatos e confraternizar. Mais de 150 pessoas lotavam as cadeiras do Gargalo, conhecido por transmitir outros esportes.

De acordo com Leandro Caldas, organizador do evento, mais de 450 pessoas rotacionaram durante todo o evento. “Até pouco tempo atrás, o E-sport num bar era uma coisa impensável e agora na nossa terceira edição está completamente lotado. É isso, nós vamos crescendo e outros lugares percebem o tamanho e começam a investir na comunidade”.

João Vitor Frota tem 19 anos e é membro do RGL E-sports, um dos times de League of Legends em Manaus. Ele começou a jogar em 2012 com alguns amigos e a partir dos campeonatos que aconteciam na cidade começou a jogar competitivamente. “Todo mundo da comunidade se conhece. E é por causa dos campeonatos que acabaram surgindo os times. Eu acho que nós temos muito pra crescer aqui”.

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É um bom negócio?

O evento foi sediado no bar Gargalo, que estava excepcionalmente lotado. Com um largo sorriso no rosto, o gerente do bar, Leandro Figueiredo, nos respondeu que os E-Sports são um bom nicho de mercado pro seu negócio. “É um bom negócio, com certeza! Antes era somente usado o lado de fora do bar, agora nós disponibilizamos os dois espaços e ainda tem gente em pé. O importante é ver que esse público tem crescido nos últimos eventos e nós estamos aqui pra colaborar junto.”

Independente do resultado do campeonato quem saiu ganhando foi a comunidade, suas equipes e organizadores, além também do mercado que busca se especializar, porque consegue crescer juntamente com esse novo público.