As Crônicas de Acheron é uma série de fantasia publicada toda quarta-feira no Mapingua Nerd.
Para ler os capítulos anteriores, clique aqui.


Registrou o escriba:

Quando Drimin soube que o destino dos Milcah selado foi pela predição de Gorath a respeito da chegada da Água súbita, fez o que era mal sobre as vistas do Uno. Sim, o maioral dos Milcah passou a imprimir duro trabalho sobre seu povo a fim de fortificar as duas grandes Moleth, para assim proteger a Formetalion do castigo do Uno e sua essência intentava escapar da água destruidora proveniente de Bel.

Assim chegaremos aos portões da cidade abençoada e pessoalmente questionarei o Uno a esse respeito, afinal bondade pratiquei para com meu povo e do Uno não recebi recompensa! – dizia Drimin, em orgulho, para si. 

– Nosso povo é como cinza das fogueiras dos festivais. O Uno quer dizimar os homens por conta do malfazejo de nossos pais. Isso não é certo meu senhor, pois praticamos bondade em nossa terra. Injustiça é recebermos a paga do malfazejo de nossos pais! Veja, no Livro dos Dias está determinado para nós cento e vinte primaveras. E junto ao muito labutar! – dizia Defarein aos ouvidos do rei. 

– Sim. Mas sobre esse negócio também recorremos. A Balem está sendo construída até o Bosque de Bel. Assim saltearemos as Nelmitri e reverteremos o desígnio do Uno para nosso povo e assim subsistiremos à sua vontade. Sob meu comando os Milcah serão sobre os de nossa raça os maiorais e a glória dos homens será a mais grandiosa de todos os povos da Terra dos Carvalhos. –  respondia Drimin para Defarein.

Assim, os Milcah labutaram duramente por três anos lunares nas fortificações das Moleth e na construção da Balem. Nos tempos de Drimin, após o término das Guerras Silenciosas dos Irmãos, muito se fortificou a grande cidade Formetalion após a dissenção entre os Milcah e o Uno. A incredulidade do rei dos Milcah levou o povo moreno construtor a voltar aos seus velhos caminhos para longe do Uno e seus Filhos. O povo já não acendia incenso a Gorath e as fogueiras dos festivais não eram acesas a cada fim de mês lunar e as danças e os tamborins se calaram para o Uno e os Maiorais de Acheron, e o povo e então se voltou novamente para os Bellihim. Isso muito desagradou o Uno, e asse respeito disse ele:

– Os homens da grande cidade voltaram suas nucas para Bel e malfazejo se faz em sua habitação. A despeito da dureza de Draemoniach e do Sol o povo da Formetalion não teve clareza em sua essência para se voltar em sinceridade para a bondade que emana de mim. Dizei ao pequeno povo da planície para construir barcos pois a Água súbita purificará a Terra dos Carvalhos pois todo desígnio dos homens construtores tem se feito mal aos meus olhos e mesmo com a destruição das grandes torres os Milcah as reconstruíram para até nós haver desafio! Tamanha petulância deve ser coibida com extensa destruição dessa raça rebelde.

Ao ouvir as palavras de sentença de seu Pai, Orath deu grande salto de seus jardins e sobre as asas dos Guardiões das Pilastras Zemital e Zilcadosh foi ter com os censores dos Vilca para levar a predição do Uno:

– Construam barcos para que não pereça a raça dos meus filhos, pois grande destruição do céu chegará sobre as terras de Acheron. Tomai, esse é o meu plano e de meu Pai para que vós, que obedecem a vontade do Uno, não pereçais em meio à água que derribará a Formetalion dos altos do firmamento de Bel e das profundezas da terra.

Assim, Orath com suas mãos peludas e seus grandes dedos a Lamech, Lemach e Limeuth entregou as Instruções dos Grandes Barcos. – Sobre isso subsistiremos a tão pesada sentença – disse Lamech. – Venha, derrubemos os carvalhos para assim construir o instrumento que há de salvar nosso povo da sentença do Uno sobre o malfazejo de nossos irmãos – ponderou Lemach e Limeuth. 

E por três anos lunares o povo dos Vilca construíram barcos majestosos. Orath a cada tarde aparecia para cortar os grandes carvalhos secos do Malgaroth em auxílio do pequeno povo das tendas. Estranho era para os homens os barcos, pois até a o fim da Era dos Profetas do Caos não se conheciam as águas em toda a Terra dos Carvalhos. Nos limites dos domínios dos Vilca podiam-se ver os grandes barcos que os Censores do povo das tendas construíam e alvoroço se fez entre os homens por conta disso. Os heróis da Era dos Profetas do Caos muito riam das estranhas construções dos Vilca e os pequenos povos que nas região do Malgaroth habitavam muito se perguntavam a esse respeito. Tal período humilhante foi para os Vilca às vistas dos homens, pois a pequenez de suas mentes não compreendia o Plano de Orath. 

Ao fim de três anos lunares os quinze barcos prontos estavam. Nesse período houve morte desmedida sobre o povo dos Vilca, pois a essência odiosa das esposas de Orath em muito aterrorizou os homens que lá estavam. Sim, assassinato em meio ao ressequido Malgaroth se fez por conta do ódio que contaminou a outrora reluzente planície da habitação dos Vilca. Sobre isso repousou os olhos de Zetricon o que muito angustiou o Maioral da Vida. 

– Dize-te-hei isso meu Pai… que o antítipo da maldade de Draemoniach repousa sobre as terras do meu irmão e que tal malfazejo não pode perdurar, pois as esposas de Orath se fizeram odiosas e contaminaram toda a terra conhecida dos Vilca e Orath nada o fez para castigá-las. Assim te peço que sobre esse assunto me dê autoridade para que o pequeno povo das tendas não sofra com a negação de Orath em favor de seus filhos –  pediu Zetricon com sua língua e seus grandes dentes de mármore.

– Fazei o que te aprouver sobre tal negócio, filho meu. Porém, atenta para o fato de que o trabalho de Orath sobre a fagulha de tempo dos homens foi benéfica aos seus filhos, pois, durante o período final antes da minha sentença, Orath em muito auxiliou seus filhos no fazer dos grandes barcos. Não julgueis mal a bondade de teu irmão em prol de teus próprios pensamentos. Andai… usai tua bondade para fim imputar sobre a maldade que assola o Malgaroth por conta do ódio das esposas de sangue ruim de teu irmão. Grande castigo à essência de tais mulheres deve ser dado, pois fizeram muito mal aos nossos olhos durante um tempo maior que a minha benevolência –  respondeu então o Uno. 

Assim, Zetricon desceu dos portões de Bel com sua armadura de mármore em forma de águia para destruir a essência das esposas odiosas de Orath. Mas na essência de Amelá, Derach, Sounit, Cinepit, Sefarit, Etrich, Jedil, Maliq, Policuat, Illil, Jeúd, Suaba, Liput, Mitrileh, Matril, Silbesh, Ashimita e Buedah ainda existia o Amor.

Continua…