Estamos sozinhos no universo?

Essa pergunta sempre esteve no inconsciente humano e de várias formas lidamos com ela. Criamos histórias de seres de conhecimento superior que vem até nosso planetinha para roubar nossos recursos naturais e nos exterminar, há também aquelas nas quais eles trazem alguma contribuição para a nossa espécie que leva a humanidade a outro patamar na escala evolutiva. Seja livro, filme, quadrinho ou série, sempre tentamos responder a essa fascinante questão. Mas fique tranquilo. Segundo pesquisadores, estamos muito próximos de ter a resposta. 


Enviamos uma mensagem para o espaço e alguém pode estar respondendo

Em 1974 Frank Drake (inventor da equação Drake), com a ajuda de Carl Sagan e outros cientistas, criou uma mensagem resumida e recheada de informações binárias para se comunicar com uma possível raça alienígena. A mensagem foi transmitida a uma freqüência de 2380MHz, com potência de 1000KW, em direção ao M13 (uma das partes mais densas do espaço disponível quando a mensagem foi enviada).

Nela estão contidos os números de 01 a 10, átomos (incluindo o hidrogênio e o carbono), algumas moléculas interessantes, DNA, um humano com sua descrição, conceitos básicos do sistema solar e a informações básicas a respeito da antena que enviou a informação.

Se essa mensagem foi recebida por alguma civilização? Ainda não sabemos. Mas segundo um grupo de astrônomos franco-canadenses, alguns sinais que estamos recebendo tem fortes indícios de terem sido enviados a partir de estrelas. Foram analisados 2,5 milhões de estrelas catalogadas na base de dados do Sloan Digital Sky Survey, o mais ambicioso levantamento astronômico em andamento na atualidade. Dessas, 234 estão emitindo pulsos de luz separadas por um intervalo de tempo constante, o que pode ser uma tentativa de comunicação extraterrestre.

O sinal, segundo os pesquisadores, tem exatamente a forma de um sinal ETI (sigla em inglês para inteligência extraterrestre) previsto por Ermanno Borra, um dos autores da pesquisa atual, em um artigo publicado em 2012.
No entanto, mesmo que a previsão de Borra tenha sido confirmada, os astrônomos garantem que tais sinais podem não ser enviados por alienígenas.

Além da similaridade com o sinal de Borra, o estudo mostra que a maioria das 234 estrelas foi encontrada entre a faixa espectral F2 e K1. Traduzindo, tais estrelas estão localizadas em torno do espectro do Sol. O nosso Sol é o único que sabemos que tem uma espécie inteligente que vive perto dele. Assim, é de se esperar que outros tipos de vida também precisem estar ao seu redor para sobreviver.

Mas vamos com calma, ainda é necessário um trabalho cuidadoso para determinar taxas de falsos positivos, para descartar explicações naturais e instrumentais e, mais importante, para confirmar as detecções usando dois ou mais telescópios independentes.

Há fortes indícios de microrganismos vivos vivendo em cometas

Mas como saber se há de fato vida em outros lugares do universo? Começamos provando a existência de organismos mais simples.

Com dados obtidos com a missão do robô Philae, há evidência de que existem microrganismos vivendo abaixo da superfície do cometa Chury. Acredita-se que a crosta negra, rica em material orgânico, e os lagos congelados do cometa só sejam possíveis graças a presença de micróbios.

Outro fato interessante é que a sonda espacial Rosetta, que orbita o mesmo astro, descobriu estranhos conjuntos de materiais orgânicos. A suspeita é de que sejam vírus (se vírus são seres vivos é assunto para outro post).

NASA afirma que vida extraterrestre aparecerá em 20 anos

De acordo com um cálculo elaborado por especialistas da NASA, existem 100 milhões de planetas em nossa galáxia que poderiam abrigar alguma forma de vida inteligente. É bem possível, portanto, que a humanidade descubra a existência de seres extraterrestres daqui a duas décadas. 

A previsão é que em 2017 seja lançado o Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS), que vai trabalhar em conjunto com o telescópio espacial James Webb, a ser lançado um ano depois. Ambos vão atuar para descobrir se, em algum dos milhões de planetas potencialmente aptos para a vida inteligente, existe alguma impressão química que a comprove.

O diretor de Investigação do Centro Nacional de Investigação Científica de França, Jean-Pierre Luminet, diz: “Creio que estamos muito próximos. ‘Muito próximos’ pode ser em alguns anos, no máximo 20 a 30 anos, de finalmente se ter a certeza, a prova definitiva de que outras formas de vida existem no Universo. E que com quase toda a probabilidade, serão relativamente primitivas”.


Resta agora esperar para ver se todos esse indícios se converterão em fatos e se poderemos estabelecer algum tipo de contato (de preferencia pacífico) com habitantes de outros planetas.