A missão que eu e um pequeno grupo da aliança rebelde tínhamos não era nem um pouco fácil: caçar e eliminar Darth Vader. O que estávamos enfrentando na floresta de Endor era um Lord Sith com muitos pontos de vida e poderes que matavam instantaneamente, incluindo aí o sabre de luz e o famoso estrangulamento pela força, da qual fui até vítima.
Quando Vader finalmente caiu, porém, um mal foi substituído por outro e eu – que havia dado o tiro final – era agora Boba Fett. A partir daí, comecei a ser eu o alvo do esquadrão de soldados da aliança, mas como o caçador de recompensas mais famoso da galáxia, eu tinha meus recursos para impedir isso.
Esse é um exemplo de partida que se pode encontrar em Star Wars Battlefront, jogo que foi lançado nesta terça-feira (17) para Xbox One, PS4 e PC e que chega no momento perfeito do hype pelo próximo filme da saga espacial.
A força já foi interpretada de várias formas no universo Star Wars. Primeiro era algo mais místico na trilogia original, aí inventaram uma explicação científica com os mid-chlorians nos desastrosos episódios 1, 2 e 3. Já em Star Wars Battlefront, o poder da força depende do quão bom está a sua conexão de internet, porque a experiência principal do jogo está focada no multiplayer online.
A ausência de algum tipo de campanha solo, o que traria a oportunidade de fazer ligação com O Despertar da Força, pode fazer com que muitos jogadores tenham um mal pressentimento sobre o jogo, mas o exemplo no início do post mostra que mesmo só com mutiplayer, Battlefront consegue ser atraente para os fãs.
Seja por enfrentar e controlar personagens como Luke, Han Solo e Darth Vader ou mesmo pelo simples sons característicos das armas laser, além da trilha sonora tirada dos filmes – o que faz com que uma simples batalha contra Storm Troopers (ou rebeldes) fique muito mais empolgante – o grande trunfo de Battlefront é saber usar o “fator Star Wars” para melhorar significantemente a experiência de jogo.
Quer outro exemplo? o modo “Esquadrão de Caça”, que é específico só de batalha de naves. X-Wings e A-Wings rebeldes de um lado; Tie Fighters e Tie Interceptor imperiais do outro. Todos voando nos ares de planetas como Tattoine e Hoth. Não tem como não se empolgar.
Isso fica melhor quando a Millenium Falcon ou a Slave I de Boba Fett entram no jogo. Ambas só são desbloqueadas ao pegar ícones especiais escondidos nas partidas e foi perseguindo a “lata velha” mais rápida da galáxia só com uma Tie Fighter que me vi com uma satisfação no rosto enquanto jogava.
São esses exemplos que fazem com que Star Wars Battlefront, mesmo sendo um game que me pareceu competente, fique bem mais valioso por trazer essa experiência de Star Wars nos jogos, algo que há muito tempo não temos. O único ponto realmente negativo nem está no jogo em si e sim no preço, já que o valor de R$ 279 nos consoles e R$ 129 no PC é algo que causa grandes distúrbios na força na hora de adquirir o game.