Era 21h, muita expectativa para o último filme desta nova trilogia de Star Wars. A sessão se inicia e não demorou muito para a sensação de déjà-vu atingir em cheio boa parte dos espectadores.
Na tela grande se via paisagens exóticas preenchidas por androides falantes e extraterrestres dos mais diversos tipos ou por batalhas mortais tanto em terra quanto no céu; tudo devidamente sincronizado por uma trilha sonora espetacular. Um deleite tanto visual quanto sonoro… O que poderia dar de errado nesta Ascensão Skywalker? O déjà-vu.
O roteiro deste “novo” filme é uma grande colcha de retalho da trilogia antiga, porém sem o mesmo charme da mesma. Com um desenrolar sofrível, a Ascensão Skywalker exige MUITA boa vontade do público para as diversas situações absurdas (e os clichês) que vão se desenvolvendo, rumo ao um final feliz forçado e enfadonho.
Essa cópia pode ser argumentada por alguns como “uma homenagem aos filmes antigos da série” e de fato, poderia ser uma homenagem, porém a maneira pouco criativa como o filme foi construído, só tornou o “novo” filme em uma versão chata do que já foi tantas vezes já visto pelo público.
Uma prova disso é a reação dos espectadores da minha sala: pessoas indo embora no meio da sessão ou olhando o celular e ao final da sessão (lá para às 23h), um grande silêncio (ninguém comentando sobre o filme); reação diferente a dos filmes anteriores.
No final de tudo, o Ascensão Skywalker foi sabotado por um roteiro pouco criativo e tedioso.