Com informações de assessoria.
A Amazônia viveu um grande momento de desenvolvimento regional durante a fase áurea da borracha, período histórico caracterizado pela extração e comercialização de látex, líquido leitoso da Seringueira utilizado para a produção da borracha.
As primeiras impressões que vêm à memória, são os benefícios deste progresso, que com toda influência europeia, fez com que as bases e povoados desta localidade, tivessem sua infraestrutura otimizada em ritmo acelerado, com a construção de teatros, cinemas, museus, bem como a chegada da energia elétrica e água encanada.
No entanto, esta história é marcada por duas figuras imprescindíveis para o início desse ciclo: os índios e nordestinos. Os indígenas foram escravizados, tiveram suas mulheres violentadas e sua cultura sofreu interferência direta e incisiva pelos costumes do “homem branco”. Já o povo nordestino, atraído para a região amazônica com falsas promessas de uma vida rica, abundante e próspera, morreram na mata, seja por doenças ou por animais selvagens, e até mesmo por confrontos com índios.
Inspirado por este contexto histórico, o desenhista, pintor e artista visual Cristoffer Ferreira, idealizou o projeto “Sangue Branco – HQ Infanto Juvenil”, uma história em quadrinhos (HQ), que retrata fatos reais do período áureo da borracha na Amazônia. Voltado para um público infantojuvenil, adulto e apreciadores de Histórias em Quadrinhos, este projeto também tem como finalidade, incentivar e despertar o gosto pela leitura em pessoas das mais diversas faixas etárias, conforme explica Cristoffer Ferreira.
“Mais que uma inspiração, esta é uma obra em homenagem aos povos que sofreram nesse desbravar da selva e ao mesmo tempo, tenta passar, através desta narrativa, a realidade nos seringais e a vida naquela época, baseado em relatos do meu avô materno, um índio peruano que chegou ao Brasil ainda na sua juventude, atravessando as matas e rios amazônicos para trabalhar por anos nos seringais de Santa Rita, no Acre. A pesquisa foi baseada também em experiencias contadas por outras pessoas que viveram esse período e reportagens, sob o prisma e vivências dos próprios seringueiros”, afirma o artista.
A História em Quadrinhos “Sangue Branco” terá seus exemplares distribuídos em (04) quatro escolas da Zona Leste da capital amazonense no dia 28 de dezembro, na busca de sensibilizar crianças e adolescentes para o hábito da leitura. Dentre as atividades, será lançado um Documentário, enfatizando as etapas do processo de produção da HQ, relatos dos participantes, em especial, de Samara Amorim, filha de José Chavez de Amorim, soldado da Borracha, que é o grande homenageado nesta obra.
O Projeto “Sangue Branco- HQ Infanto Juvenil” conta com apoio da Prefeitura de Manaus e do Governo Federal, por meio do Prêmio Conexões Culturais 2020 – Lei Aldir Blanc, no segmento Literatura.
“Muitos artistas são impossibilitados de produzir devido à falta de incentivos, sejam eles financeiros e até mesmo pela ausência de reconhecimento. Com a criação da Lei Aldir Blanc, as dificuldades impostas por estes fatores para produções artísticas e culturais, vem se tornando algo palpável para muitos artistas que procuram viver de sua arte. Devido a este incentivo, muitos sonhos deixaram de ser projetos e estão se tornando uma realidade, onde a população pode apreciar e ter contato com os vários segmentos artísticos”, ressaltou Cristoffer Ferreira.
Os artistas
Cristoffer Melo Ferreira. É Artista Visual, com mais de 25 anos de experiência em artes, em especial na Pintura, Desenhos Artísticos e Publicitários. Há 14 anos vem ministrando cursos (Quadrinhos, Cartoon, Caricatura, Charges, Pintura, Artístico e Ilustração) em projetos sociais. É Instrutor de Artes no Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro (LAOCS).
Paulo Víctor. É Artista Visual com mais de 10 anos de experiência em artes, nos segmentos de Pintura, Desenho, Arte final. Foi aluno do LAOCS, nos cursos de Desenho Básico, Pintura, Desenho Artístico, Pintura com Giz pastel, História em Quadrinhos, Mangá, Cartoon, Charge e Caricatura.
Douglas Alencar de Vasconcelos. Poeta amazonense, há mais de 10 anos navega pelos oceanos da língua e literatura brasileira. Nesta viagem, atravessou mares de contos e crônicas, outras de suas paixões que lhe sopraram sabor e aroma na arte de fazer versos.
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