Contendo livros falados, em braile e até mesmo filmes com audiodescrição, a Biblioteca Braile do Amazonas possui um dos maiores acervos do Brasil. A proposta é levar para todos o prazer que um bom livro pode exercer na vida de uma pessoa. Atualmente seu acerto conta com 4.700 livros falados, com produção na própria biblioteca.
No mês de março, dois novos títulos chegam ao acervo da biblioteca: “Lendas Amazônicas”, de Manoel Santiago e “Amazônia, Mitos e Lendas”, de Daniela Küss e Jean Torton, com tradução de Ana Maria Machado.
Na obra “Lendas Amazônicas”, é possível encontrar narrativas do imaginário amazônico, lendas de Yara, Jurupari, Tican, Curupira, Cobra Grande, Boto, Uirapuru e muitas outras. Na produção de audiodescrição, um fato interessante foi colocado: toda a pronúncia do vocabulário indígena é respeitada, sendo assim, os termos não usuais podem ser soletrados para que o ouvinte tenha total conhecimento do que é falado.
Já a obra “Amazônia, Mitos e Lendas”, possui no seu repertório “A Lenda do Eldorado”, “De onde vem o fogo”, “As Flechas Serpentes”, “No reino dos urubus” e muitos outros capítulos que narram a visão dos povos indígenas sobre o surgimento das coisas. Desse modo, a narração dos mitos vem da oralidade do povo indígena e agora volta para a fala, tendo assim o processo de acessibilidade.
A leitura e gravação dos livros acontece de modo voluntário na Biblioteca Braile. Para se tornar um leitor, basta ter uma boa leitura e procurar a biblioteca para fazer um teste e agendar horários, durante a semana, para que as gravações sejam realizadas. O local está aberto ao público de segunda a sexta, das 8h às 14h, no Centro de Convenções Gilberto Mestrinho – Sambódromo, Bloco C, Avenida Pedro Teixeira, nº 2.565, bairro Dom Pedro.
Para o próximo mês, a biblioteca prepara um novo título intitulado “No fundo do Rio Amazonas”, de Glorinha Novaes.