“Saudade”. É uma palavra triste, né? Pois eu sei que ela rondava a cabecinha de vocês, seus aprendizes de louva-deus, quando pensavam em mim! Melhor dizendo… quando pensavam na Memórias de um Old Gamer! Tá. Se querem saber, eu também estava morrendo de saudade disso aqui. Mas vocês sabem. A vida. A vida. Sempre ela.

Mas, vamos parar de lenga lenga? O que vocês andaram jogando em 2017? Esse ano que já já caduca contou com um histórico de lançamentos de games que ficarão certamente na história da Indústria. E em nossos corações! Por isso estou hoje para falar-vos de…

Horizon Zero Dawn (PlayStation 4 – Guerrilla Games)

Eu quero dizer aqui que sou fã da Aloy. Porque ela seria uma típica amiga minha dos meus tempos de zé ninguém na fila do pão da escola. Aloy é boa praça. Menina séria. Certamente ela me ouviria.

Como todo nerd, Aloy teve uma infância difícil; ninguém queria estar com ela. Em um mundo distópico “pós apocalíptico”, Aloy tinha tudo para dar errado na vida. Órfã de pai e mãe, foi renegada pela sua própria tribo – os Nora – que adoram uma deusa: a “Mãe-de-todos. “

Sim, Aloy é um ponto fora da curva num mundo de heróis fodões nos videogames. Mas isso não a impediu de buscar suas melhoras. O studio first party da Sony reservou a adolescente pacata uma aventura em meio a uma trama que lembra muito qualquer filme da franquia Mad Max.

Oh baby it’s a wild world

Quando eu comprei o game, em março, não sabia direito o que esperar desse universo. Me deparei com um mundo aberto colossal povoado por dinossauros robóticos, uma história cativante, uma protagonista que eu gostaria de ter conhecido por aí. As mecânicas diversas de Horizon Zero Dawn me fizeram passear horas por uma terra hostil, com variações de clima; sem me cansar. Pois Aloy luta, corre. Escala montanhas e dinossauros. Faz armadilhas. É altruísta.

É humana.

Ainda penso em retornar ao universo do game. Ai, ai… Aloy.

The Legend of Zelda: Breath of the Wild (Wii U/Nintendo Switch)

A maneira como esse game veio parar na minha coleção foi engraçada: ganhei como presente em uma banca de TCC (sim, eu sou professor). Meu primeiro contato com o maior game da franquia (e certamente o maior game de 2017) foi através da versão de Wii U. Afinal, o game foi também lançado em março para o Nintendo Switch. Perto das férias de julho, tive contato com a versão de Wii U.

“Breath of the Wild” é um retorno às raízes da franquia que definiu para sempre o gênero “ação e aventura” nos games. Sim, tal qual o “The Legend of Zelda” do Nintendo Entertainment System de 1986, Link se encontra em um mundo aberto, com pouquíssimas informações a respeito de sua jornada. Qual caminho tomar?

Escolhe pra onde vai e se joga

A escolha é sua… mas antes de ir, aprenda a sobreviver. Gerencie seus recursos. A roupa adequada para o clima adequado. Saiba extrair da natureza o necessário… aprenda a cozinhar! Você é Link, o Herói de uma Hyrule devastada pela Calamidade Ganondorf. Após um sono de cem anos, você acorda.

A partir daí, vai ter que se virar.

Link faz a sua história. Claro, ele corre, doma cavalos, é excelente arqueiro e caçador, escala. Mas é frágil. Isso torna a aventura difícil. Espere morrer. MUITO! Mas na Hyrule gigantesca (a maior já projetada pela equipe de Eiji Aonuma e Shigeru Miyamoto) Link é livre para ir onde der na telha. Qualquer montanha que você vir no horizonte mais distante… pode ser conquistada. Pois Link é um excelente alpinista.

Nesse mundo cheio de mistérios, surpresas e recompensas, Link é dono de seu nariz.

Agora, junte isso a um enredo cativante (Mas, ahh! Que enredo da franquia não leva às lágrimas?)… e pronto: você tem o game que fez a equipe do monstruoso game “The Witcher 3” admitir ter atingido outro nível para o gênero.

Obrigado, meninas, pelo game. É para toda a vida.

E ainda estamos jogando The Legend of Zelda: Breath of the Wild.

P.S. Ontem adquiri uma versão de colecionador do game. Mas agora para abrilhantar meu Nintendo Switch.

Coisa de fã

Sonic Mania (PlayStation 4/Xbox One-Microsoft Store/Nintendo Switch/Steam)

Quando a SEGA anunciou na San Diego Comic-Con de 2016 o game Sonic Mania, respirei com algum alívio. Nitidamente inspirado nos games clássicos do porco espinho mais veloz de todas as galáxias, Sonic Mania tinha altas chances de satisfazer o fã tradicionalista da franquia que aqui vos escreve.

Para acalmar ainda mais o meu coraçãozinho aflito, a notícia: o Christian Whitehead estava envolvido no projeto.

Sim, Sonic Mania, segundo o próprio produtor sênior da franquia… Takashi Iizuka, seria um projeto apaixonado para os fãs da série. Por que? Ora, o studio indie Christian Whitehead havia sido contratado pela SEGA para fazer ports para plataformas mobile de games clássicos do Sonic desde que os dois produtores fizeram um remake do clássico Sonic CD. Os caras são fãs apaixonados do Sonic! A SEGA, nada boba, viu o potencial dos caras, e disse “hey, não querem ajudar a produzir um game novo do Sonic, com tudo o que há de melhor da fase clássica do porco espinho?”

Run, Forest! Run!

Assim nasceu Sonic Mania. Em agosto desse ano, o game apareceu em lojas online. Mas claro que peguei a minha versão na Xbox Live no lançamento!

O game é uma carta de amor a todos que cresceram jogando os games em videogames como o Mega Drive e Master System. Gráficos 2D pixelados, música sintetizada (no melhor estilo PCM), blast processing a mil! E aquela dificuldadezinha marota já bem conhecida pelos fãs!

Certamente um dos melhores games que já joguei do Sonic. O preço? Mais barato que uma pizza!

E por falar em Itália…

Super Mario Odyssey (Nintendo Switch)

Esse game é um desbunde! Um exagero maravilhoso de mecânicas de gameplay, sons e gráficos cativantes! Não faz nem um mês que ele chegou na minha mão junto com meu Nintendo Switch, e devo dizer que estou apaixonado pela sétima aventura em um mundo 3D do icônico Super Mario!

Os conceitos que a Nintendo criou ao longo de algumas décadas em aventuras 3D do encanador italiano estão cristalizados em fino diamante em Super Mario Odyssey. O grande adendo: agora o chapéu do Mario tem poderes! Você pode se transformar em inimigos e objetos, lançando o chapéu sobre eles!

Saca só a fase do deserto

Assim, a velha história de “salvar a princesa Peach” ganha novo fôlego. 17 mundos repletos de segredos. Cada fase é ENORME e possui mistérios que sabe-se lá como se resolve (estou ainda descobrindo o terceiro mundo…se acalmem que eu chego lá).

Muita exploração e desafios de plataforma; mecânicas que se consagraram em outras franquias (lembram de The Legend of Zelda: A link between worlds? Quando o Link adentra paredes, e o game se transforma em 2D? É isso aí…).

Assim como “Breath of the Wild”, ainda estamos jogando. Avante e além.


Gostaram da minha pequena listinha? Espero que sim. Na verdade, para o post não ficar tão grande, tive que deixar de fora outros grandes games, como The Evil Within 2…e me faltou tempo ao longo do ano para jogar outros grandes games (aqui vai a menção honrosa para grandes games que tenho em minha biblioteca e ainda não joguei como deveria: Persona 5, Divinity: Original Sin 2, Assassins Creed: Origins, What remains of Edith Finch).

Quem me dera ter o tempo compatível com o meu entusiasmo!

Agora é a sua vez: participe! Concorda com a lista? Discorda? Vamos lá, deixa nos comentários.

Câmbio desligo, leprechais.