O Especial Pipoca é uma extensão do Spoiler Pipoca que vai surgir sem aviso, trazendo uma postagem que comemora o brilho e influência de alguma obra.
Não que eu tenha achado os filmes que vi no cinema em 2016 tão decepcionantes assim, mas eu tinha uma leve dúvida se iria me decepcionar também com Rogue One, então optei por não assistir o filme na pré-estreia. Eu não me arrependi de não ter ido, mas ao assistir o filme na estreia (fugindo de todos os spoilers), cheguei à conclusão que só uma expressão de Manaus pode falar tudo o que eu senti: Rogue One é legal que só!
A princípio, eu tive medo que fossem se encostar somente na figura de Darth Vader e foi uma baita alegria ver que não fizeram isso, Vader mal aparece no filme, justamente como eu imaginava que tinha de ser. E porque eu gostei tanto assim do filme? Bem, vou explicar neste Especial Pipoca o que me fez ficar encantado por esse filme que fui assistir duas vezes no cinema.
Pé no chão
“Star Wars sem Jedi não é Star Wars.”, É SIM! Star Wars tem muito mais coisas. Com três atos bem definidos, Rogue One não tenta ser mais do que deveria ser. O filme é uma missão de um esquadrão e é isso que eles vão atrás, eles sabem que são mortais, que não possuem poderes e que a missão pode falhar a qualquer momento, ainda assim cumprem o seu papel, possuem coragem e não fogem do perigo.
Não precisou de Jedi para criar um ambiente clássico de Star Wars, tudo o que nós tínhamos em tela nos lembrava o universo criado por George Lucas: um cenário no deserto, um cenário em chuva e um cenário no espaço. Os três atos de Rogue One me conquistaram facilmente.
Esquadrão Rogue
Alguns chamaram o “Esquadrão Rogue” de “Esquadrão Suicida” e eles tem razão. O Esquadrão Suicida deveria ser formado por pessoas que se unem para partir em uma missão sem saber se vão ter sucesso ou não, mas mesmo assim devem fazer o seu melhor, sabendo que podem morrer.
O Esquadrão Rogue é formado por humanos e um droid (e que belo droid!). Todos possuem no grupo algo que perderam e não têm algo que os impeça de se sacrificar, então arriscam sua vida em uma missão para destruir o Império. O equilíbrio do esquadrão é belo, cada um tem um papel importante e o seu momento de brilhar, são personagens que conquistam fácil o público.
Equilíbrio de referências
Um outro medo meu era que o filme se afundasse em referências e não soubesse respeitar os novos personagens, e felizmente não tivemos isso. Tiveram o cuidado de não fazer o Vader roubar a cena, botaram ali duas figuras já conhecidas desse nosso amado universo (os únicos que apareceram em todos os 7 filmes e em Rogue One), e também pudemos ver a frase “I Have A Bad Feeling About This” sendo aplicada da forma mais correta possível, nessa hora eu literalmente aplaudi o filme no cinema. Sem mentiras. Aplaudi mesmo. E não me importei com as pessoas que estavam do meu lado.
Explicadinho
Umas das maiores piadas sobre o universo de Star Wars era sobre a burrice do engenheiro da Estrela da Morte. Ele criou a arma perfeita de destruição que iria destruir um planeta inteiro em poucos segundos, causando caos e mortes, e ainda assim, no seu projeto, tinha uma falha crucial que iria explodir a Estrela da Morte. Que burro, dá zero pra ele.
E então Rogue One surgiu e EXPLICOU! Explicaram porque a Estrela da Morte tinha esse pequeno “defeito” e isso só me fez amar ainda mais a trilogia clássica.
Guerra nas Estrelas
Quando assisti trailers de Rogue One fiquei animado, mas foi só no último que entrei no hype, pois ali pude observar que haveriam bastantes cenas de batalhas de naves no espaço. Tivemos um grande momento no terceiro ato, uma enorme batalha espacial, e pudemos ver a beleza de dois star destroyer colidindo, a criança dentro de mim ficou maravilhada. E então, eu aplaudi o filme novamente.
O final que eu esperava
Claro que eu não vou considerar um filme bom ou ruim somente porque o final era um final que eu gostaria que fosse, mas nesse caso, o final de Rogue One foi bonito, corajoso e respeitou toda a cronologia de Star Wars.
Uma nova esperança
Já era de se esperar que o final fosse nada menos que os momentos iniciais de “Star Wars Episódio IV – Uma Nova Esperança”, e foi exatamente assim que Rogue One encerrou sua belíssima jornada e trouxe um dos melhores filmes de Star Wars que eu tive o prazer de assistir. Obrigado Disney.