O cinema amazonense se encontra em ascensão. Cada vez mais conseguimos ver filmes regionais sendo produzidos, e agora contamos até com exibições de filmes locais vez ou outra em alguns eventos. Dessa vez, a Lens Produções traz para as telonas um novo filme, pioneiro no uso de efeitos visuais em filmes amazonenses, que vai contar com exibição gratuita no Cinemark Manaus.
O filme “A Caixa” conta a história Erick, um psicólogo conceituado, que trabalha o necessário e julga viver sua própria vida dentro de padrões normais e que não o aflijam, porém ele se vê em um grande labirinto quando um dos seus pacientes o confronta com o real sentido do que significa viver.
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A estreia do filme acontece no dia 15 de agosto, na rede Cinemark Cinemas Manaus (Studio 5), às 18h30 e conta com entrada gratuita.
O diretor Davi Penafort conversou com o Mapingua Nerd e contou um pouco mais sobre o filme, gravações, trabalho com os atores e o uso de efeitos especiais no filme. Esse é o terceiro trabalho de Davi como diretor, seus dois primeiros filmes são “Transcendência” e “Máquina”.
O filme e sua origem
O filme “A Caixa” já mostra ser um filme bem diferente dos outros filmes de Davi; segundo o diretor “é um tanto difícil sintetizar, mas acredito que ‘A Caixa’, além de qualquer outra coisa, seja sobre amor e o que ele pode nos causar de bom e ruim em nossas vidas”. Sobre a origem e criação do filme, o diretor disse apenas que é uma colagem de várias outras ideias que já teve, de várias referências, conversas e situações.
Filmagens e o trabalho com o elenco
O processo de filmagem demorou em torno de 8 meses para ser finalizado; o diretor conta que as filmagens foram maravilhosas, intensas e estressantes, exatamente nessa ordem. Davi ainda fala que, pelo fato do filme ser um projeto independente, as dificuldades acabam se tornando maiores, por exemplo, não existe ali uma equipe de suporte que seja grande, não existem assistentes e então muitas pessoas acabam tendo de ocupar diversas funções. “Porém, apesar do estresse e dos problemas, sempre é uma aula. Cada dia no SET de filmagem é uma aula que um livro nunca poderá fornecer, e isso é o maior tesouro que posso ter enquanto realizador”, revela.
“É muito interessante falar do processo de preparação e ensaio dos atores. Acho a interpretação uma das principais bases para a solidificação de uma história em algo crível e imersivo. São pessoas normais dando vidas a pessoas que não existem, entende? Isso não é algo fácil, não é algo simples”, disse Davi. O elenco também conta com a participação do ator Luiz Vitalli que já fez filmes e novelas globais.
O uso de efeitos visuais nos filmes
“O que eu acho mais interessante na utilização desses efeitos é o sentido narrativo que os mesmos proporcionam e acabam gerando dentro da obra. Os efeitos não estão ali por estar, para chamar atenção, eles estão ali para colaborar com a construção daquele universo proposto dentro do filme”, revela Davi.
De início, o diretor não pretendia utilizar efeitos visuais no filme, mas devido a um problema com a direção de arte na pré-produção do filme, viu que talvez usar efeitos visuais fosse a melhor opção; logo o diretor entrou em contato com seu amigo Vinicius Lavor, que é mestre quando o assunto é CGI.
O uso de efeitos visuais foi um desafio atrás do qual o diretor quis correr. Ao olhar seus trabalhos passados e também outros filmes amazonenses independentes, viu que algo desse tipo dificilmente foi feito em outra obra, então esse projeto acaba se tornando um pouco mais relevante, pois pode mostrar para outros produtores locais que vale a pena lutar por aquilo que quiserem em suas obras.