Longa de estreia de Pedro de Lima Marques, aposta em aventura futurista, efeitos visuais e trama adolescente.
“Contos do Amanhã” imagina o mundo do século XXII – dividido entre a civilização de Porto 01 e a barbárie da Zona de Exclusão. Em 2165, o sequestro de Michele Medeiros (Daiane Oliveira) coloca a cidade-estado Porto 01, o último reduto humano, em guerra. Para salvar a civilização será preciso contar com a ajuda de Jeferson (Bruno Barcelos), um adolescente que vive em 1999.
Além de visões do futuro recebidas pelo protagonista, Jeferson tem que lidar com a internet discada do ano de 1999, sua mãe super protetora, seus romances que não engrenam e outros conflitos típicos da adolescência.
“Podemos criar mundos novos. Não é um monopólio do estrangeiro”
“Tenho a intenção de propor um caminho narrativo e estético diferente – que viabilize novos universos”, diz Pedro de Lima Marques, que estreia na direção de longas. Entre as referências citadas pelo cineasta estão os desenhos animados japoneses ou animes, como “Ghost in the Shell” e “Akira” e dos filmes da série “Matrix”.
Cenários, veículos e um vasto aparato high-tech foram criados em computação pelo próprio diretor, através de sua empresa de efeitos visuais, a Forno FX. “Podemos criar mundos novos. Não é um monopólio do estrangeiro”, acredita Pedro. “E pode ser da nossa forma, do nosso jeito”, conclui. Com toda a pós-produção feita no Brasil, Pedro estima que mais de 500 planos do filme tiveram algum retoque digital.
Contar histórias fantásticas para o mundo é o lema da produtora Daniela Israel. “O nosso desafio é construir um cinema brasileiro de ficção científica – um cinema acessível e que dialogue com o público e fãs do gênero”, explica. Em produção desde 2014, “Contos do Amanhã” teve financiamento do Fumproarte da Secretaria Municipal de Cultura – Prefeitura de Porto Alegre.
O longa foi rodado em Porto Alegre, litoral e serra gaúcha, e conta com um elenco de mais de 100 atores e figurantes – escolhidos em uma chamada pública que reuniu mais de 700 candidatos.
A realização é da Bactéria Filmes, com produção de Daniela Israel, coprodução da Druzina Content, em associação com o estúdio de pós-produção Forno FX e distribuição da Moro Filmes.
Estreia digital
O filme estará disponível na plataforma Canal Brasil Play por tempo limitado: serão quatro dias para conferir em primeira mão antes da sua estreia comercial em VOD, prevista até o fim do ano. O acesso ao filme é gratuito para assinantes do Canal Brasil e ficará no ar das 0h do dia 19 (sábado) até às 23h50min de 23 de setembro (quarta-feira).