Nem só de jogos digitais vivem os alunos de Design da Fucapi, pelo menos é o que propôs a professora Marcella Sarah Farias para os seus pupilos da disciplina Projeto de Mídias Interativas. Cerca de 15 jogos de tabuleiro foram produzidos pelos alunos do 4° período que, desafiados, cunharam estórias interativas que serão contadas através da sorte, intuição, conhecimentos gerais, criatividade e blefe. Receita certeira para conquistar corações de todos nós, nerds.
Os temas são os mais diversos e inimagináveis. Você pode se deparar com um clássico holocausto zumbi até aventuras na floresta amazônica ou pertencer à máfia italiana. Criatividade, pelo visto, não faltou.
Segundo Marcella, o objetivo é mostrar que o conteúdo, apesar de não ser digital, também pode ser interativo. Não é de hoje que se utilizam jogos para educação e instrução de crianças e adolescentes. Muitos gostam tanto da brincadeira, que levam o hobby para a vida adulta. Rolou muita identificação aqui. :B
“O desenvolvimento manual de jogos ajuda os alunos a testarem de forma mais rápida e com menor custos, projetos que podem alcançar patamares mais amplos em termos de mercado. Auxilia também no desenvolvimento criativo, na busca de soluções e a perceber as diversas possibilidades diante de desafios. O meio digital é nossa forma mais atuante no que diz respeito a projetos, mas não é a única saída que devemos ter em mente, principalmente para designers, em se tratando de interatividade e inovações”, disse a professora.
Diana Coelho, uma das criadoras do Máfia Delivery, informou que tiveram poucas exigências para o projeto, o tema era aberto e as regras também eram por conta. “No jogo do meu grupo, os participantes são donos de restaurantes que pertencem às máfias italiana, mexicana, japonesa e árabe. O objetivo é, além de entregar comida, atrapalhar as entregas dos outros restaurantes utilizando táticas relacionadas a sua máfia, com objetivo de ganhar mais dinheiro e o mais rápido possível”.
Máfia Delivery, board game criado por 6 alunos da Fucapi
Foram dois meses para elaborar a dinâmica dos jogos, desenvolver personagens, objetivos e todo o projeto gráfico. Para validar as iniciativas, a mentora da turma convidou Game Designers do Black River Studio para algumas dicas de jogabilidade e avaliação do projeto.
Perguntei para a Diana se existe o interesse de comercializar o produto final ou criarem uma campanha de financiamento coletivo para viabilizar a produção. Para minha felicidade, a resposta foi positiva.
“Nós ficamos muito empolgados com a ideia do jogo, mas ainda tem algumas coisas que precisamos ajustar. Temos que testar a jogabilidade com mais pessoas e aprofundar algumas características das máfias”, completou.
Bem, o meu desejo pessoal, de alguém que adora board games e que joga sempre que tem uma oportunidade, é que esses alunos possam reproduzir e ganhar muito dinheiro com isso. Vou torcer, ok?