Obra coletiva de fantasia mágica é assinada por 12 autores nacionais e tem escritor amazonense como convidado.
Meses atrás, enquanto estava a todo vapor na organização dos mil e um detalhes necessários para a participação da Lendari na Bienal Internacional do Livro de São Paulo, recebi um convite interessantíssimo: participar do grupo de 12 autores nacionais que escreveria, de forma coletiva, uma única obra. Apesar do pouco tempo para tudo, já que sequer havia finalizado o livro Minhas conversas com o diabo, aceitei.
A proposta partira do escritor Rodrigo Vinholo, escritor, publicitário e pessoa estranha, que fez parte da antologia Quando a selva sussurra: contos amazônicos e também participa do ainda inédito O último Gargalo de Gaia: distopias, steampunk e dias finais, ambos da Lendari. A ideia parecia bem simples: escrever um único capítulo (no meu caso, o terceiro), com meu próprio estilo de texto e narrativa, mas seguindo uma linha bem definida, por meio de roteiro escrito por ele, Rodrigo, e pelo também escritor Pedro Balboni – responsáveis, respectivamente, pelo último e primeiro capítulos.
Eu mencionei que a proposta era simples? Bem, não foi bem assim, já que a proposta também partiria do princípio que os autores também são leitores de uma obra semi-desconhecida: cada escritor recebeu apenas o roteiro referente ao seu capítulo e o roteiro do anterior, de tal modo que você só tinha uma ideia do que rolou antes e não faz ideia do que acontece depois. Fora que escrever livremente dentro de uma proposta de roteiro foi uma tarefa bem mais complicada do que pareceu – eu fui o último a entregar.
Mas, no fim, saiu e gostei da experiência. Como qualquer leitor, quero saber o que acontece com os personagens – Joana e Mauro, que passaram pelas minhas mãos – ao fim da aventura. E se você também ficou curioso, a obra – chamada “Dito Pelo Não Dito” – está em campanha de financiamento coletivo pelo Catarse, tendo passado da metade da meta básica. E ainda restam 23 dias! A seguir, a sinopse da obra:
“Num final de semana, Joana acorda na casa do namorado mais cedo do que de costume. Se levanta e vai aos poucos buscando despertar Mauro. Impaciente que só ela, não demora muito para deixar a sutileza de lado e procurar acordá-lo a qualquer custo. Para sua surpresa, nada surte efeito. Nada mesmo. Ela fica preocupada, a ponto de decidir pedir ajuda. Mas é nessa hora que uma criatura aparece no quarto e deixa a história ainda mais peculiar.
Ela diz que a moça deve descobrir dez coisas que ainda não sabe sobre o namorado; que precisará falar com dez pessoas que sabem dessas coisas; e que cada uma delas terá um bom motivo para se recusar a ajudar. Assim a protagonista inicia sua jornada, numa investigação em meio a um universo repleto de estranhezas…”