Estamos na semana do Halloween e obviamente esta mapingua má que vos escreve não poderia deixar de homenagear a crème de la crème da maldade: os vilões que mais amamos – e o que podemos aprender com eles – foram selecionados para fazer o seu fim de semana mais feliz.
Frankenstein; Darth Vader; Lord Voldemort; Demogorgon… é tanta gente má que resolvemos separá-los por categorias. A saber: não cabe a nós, meros mortais, julgar as ações dos maléficos. Nosso objetivo aqui é apontar seu modus operandi na vida profissional e que podemos, sim, copiar sem infringir nenhuma lei.
Determinação
– Dr. Octopus – Um dos antagonistas do cabeça de teia, o Dr. Octopus é o único vilão que é um desafio também no intelecto. Ele se sentiu tão seguro que testou a própria invenção em si mesmo, criando as quatro garras mais legais do mundo Marvel e que lhe renderam o nome. Ou seja, ele teve ousadia acima de tudo, sempre tentando superar a si mesmo. Ainda por cima, percebeu que não poderia derrotar seu rival sozinho e chamou uns amigos, fundando o Sexteto Sinistro. Bem parecido com o Duende Verde, aquele bicho amazônico que voa numa prancha e arremessa jerimuns.
– Lex Luthor – o vilão do Superman praticamente não precisa de apresentação. Ele tem um objetivo muito claro: acabar com o ET e homem de aço e trabalha mental e intensamente para alcançar seu objetivo. Gênio trilionário, Alexei tentou várias técnicas (de inventar outros inimigos e roubar o anel do Lanterna Verde), nunca desistindo. Outra coisa que eu adoro nele é a falta de ‘poderes’: ele é engenhoso, esforçado, é criativo e ambicioso. Nada mal para um super-vilão.
O Luthor interpretado por Kevin Space é o meu favorito porque ele faz piadas, mesmo que ruins (o que me lembra um certo vice-presidente do Lado Rio Negro).
A jornada do vilão
O humor (bom ou não) é excelente para a auto-estima e ótimo para os negócios. Rir de si mesmo é tão importante que há vários vilões e fanpages (como o Seu Darth) simplesmente dominando nossos corações. É o caso do Capitão Feio, nosso representante nacional.
As origens do personagem foram iniciadas em “Coelhada nas Estrelas: O Feio Contra-Ataca” (autoexplicativa). Há uma cena satirizando Vader, quando Dart Feio revela a Cascão Caiuóqui “Eu sou o irmão do seu pai!”.
O que dá a deixa para a sua verdadeira origem, que pouca gente sabe, revelada recentemente na Turma da Mônica Jovem. O Feio era um menino que morava em um orfanato. Quando uma catástrofe atingiu o prédio, um inseto propôs um pacto, que ele aceitou para sobreviver ao acidente. Depois disso, ele acabou por ser adotado pela avó do Cascão.
Anos depois, o irmão adotivo de Antenor sofre outro infortúnio: uma pilha de gibis cai em sua cabeça. É aí que o bug volta para cobrar o favor, mas quer o menino. O tio se recusa e fica no lugar do garoto, tornando-se o Capitão Feio.
Parece uma história que a gente já viu antes, não é?
Seja louco por aquilo que faz
A gente faz as coisas por amor. É o amor que nos move, para qualquer lado que você veja. Foi assim que Anakin tornou-se Darth Vader.
Escravo na infância (eu sou uma pessoa!), ele nunca se deixou abater e batalhava para ganhar a corrida de Pods, até que conseguiu. Então, ele queria sair de Tatooine e a Força lhe ajudou. Anakin precisava salvar a esposa e o filho e foi ludibriado (aquele lance com os younglings, mas vamos pular essa a parte). Depois, queria porque queria encontrar o rebento e levá-lo para o lado sombrio e dominar a galáxia, como pai e filho. Ok, essa parte ele não conseguiu, mas redimiu-se no fim do filme, mais uma vez por amor.
Ninguém nunca conseguiu chegar ao topo fazendo apenas por fazer, somente quando tem vontade ou porque tem que ser feito. Quando a gente faz as coisas por amor, o interesse perde o sentido.
Defenda o que acha certo – mas só quando você estiver certo
Você bem sabe que há preconceito por toda a parte, não dá pra negar, mas as nerdices – em especial nos quadrinhos – estão aí para mandar tudo às favas e nos ensinar que podemos fazer tudo de bom.
Defender o que acha certo é uma característica dos heróis e dos vilões também. O nosso exemplo da vez é o Magneto.
Tão ou mais fodásticamente inteligente que o Profe X (olha a intimidade), Magneto sobreviveu ao Holocausto Judeu e por isso já tinha uma boa ideia do potencial maléfico da humanidade não-mag ou trouxa não mutante. Na sua opinião, os meros mortais nunca aceitariam uma raça realmente superior.
Então, ele juntou uns outros tantos e resolveu que faria isso, sim. São tantas as vilanias para alcançar seu objetivo que EU acho, de verdade, Magneto mais um anti-herói que vilão, um caso muito parecido com aquele moço com garras de adamantium nas mãos.
Faça o que tem de ser feito
James Howlett, depois conhecido como Logan e Wolverine, é um cara considerado por alguns como muito sortudo. Com seu poder de regeneração, ele tornou-se imortal e ainda tem mais uma vantagem: seus ossos de adamatium lhe conferem três garras afiadas em cada mão.
“Eu sou o melhor no que eu faço, mas às vezes o que eu faço não é nada agradável”
O que lhe confere esta menção honrosa é sua frase mais peculiar: Nos quadrinhos, ele não tem a menor dúvida que é preciso matar algumas pessoas no meio do caminho. Tipo o Lord Voldemort.
Meta e planejamento
Se você tá pensando em uma meta, ou já está fazendo seu planejamento, preciso te avisar que nem sempre é tudo rápido assim. Aquele-que-não-deve-ser-nomeado sabe bem disso.
Olha a história da vida dele: órfão, sentindo-se estranho e menosprezado, ele tem uma meta de vida: ser o grande chefão do mal do reino bruxo. Ele estava para chegar lá quando o Menino Que Sobreviveu nada tinha pra fazer e… sobreviveu!
Voldemort não se deu por vencido. Antes desse triste incidente, ele colocou um pedacinho de vida dele em sete horcruxes espalhadas por aí. Ou seja, o cara já pensou além: e se desse meleca? Ele estava preparado!
Daí, foi colocar o plano de novo nos trilhos, iniciando um calvário chato pra burro. O cara virou piolho, fugiu para os encanamentos do Castelo Rá-Tim-Bum, finalmente conseguiu um corpo para chamar de seu; sempre procurando se aprimorar, descobriu a varinha das varinhas, conseguiu a dita cuja e ainda mandou um Avada Kedavra no Harry Potter. Nada mal para alguém que perdeu o nariz no processo.
Faltaram vilões? Oh yes, mas não se preocupe, nobre aprendiz: eles aparecerão aqui de novo.
Lições de hoje
1. A determinação é tão importante quanto a meta.
2. Recorra aos amigos quando necessário.
3. Estude, estude, estude. E quando estiver bem cansado, estude mais ainda.
4. Ninguém sabe a mágoa que cada um tem dentro do peito. Seja gentil e corajoso.
5. Faça o que tem de ser feito, contanto que não seja ilegal ou preconceituoso.
6. Esteja preparado para imprevistos.
7. Acidentes não acontecem, são provocados: por um ato inseguro ou por uma ação ambiental insegura. Seja firme no que faz.
8. Seja o melhor no que faz, contanto que não seja ilegal ou preconceituoso.
9. A vida tem altos e baixos. Nunca fique nos baixos por muito tempo: formigas de fogo amazônicas moram ali #Dica
Mas tudo isso só vale se você SABE o que quer ser quando crescer e está apto a receber o sabre do seu pai.
Na próxima edição: O Halloween, a história e os mitos
Que a sorte esteja sempre a seu favor!
S01EP04