Depois de uma semana inteira de matérias sensacionais sobre o Halloween, hoje finalmente celebramos o tão falado Dia das Bruxas, muito comemorado nos Estados Unidos (pra onde os irlandeses levaram) e agora amplamente difundido na cultura ocidental. Sim, aprendizes, é sobre isso que vamos falar hoje: a história, os mitos e tudo de bom que podemos descobrir com o Dia.
A data virou motivo de comemoração de verdade, incluindo comida (!) e outras nerdices que todos amamos: os vilões e os cosplays. Tá certo que isso não acontece muito nesta data por Manaus (à exceção das Escolas de Idiomas), mas pense bem: será que o Halloween não incentivou o uso das vestimentas que representam quem tanto amamos nos quadrinhos, nos livros, na TV e nos cinemas?
Falando em cinema, ontem mesmo tivemos o lançamento de ‘Harry Potter e a Criança Amaldiçoada’. A série HP é atual e provavelmente a maior difusão sobre magia e bruxaria e levou centenas de fãs às livrarias de todo o Brasil para comprar um livro (que emoção!) e tirar do armário o seu orgulho de ser da Sonserina das Casas de Hogwarts. Puros sangues e mestiços se reuniram em uma manifestação perfeita de harmonia e diversão.
Quantos mais personagens vieram por conta da data? A Red Woman Melisandre, de Game of Thrones; a Maligna, do He-man; a sexy Maga Patalógica e a louca da Madame Min; as Bruxas de Eastwick; Cher, Michelle Pfeiffer e Susan Sarandon, que interpretaram Alexandra, Jane e Sukie…
Menções honrosas
Ainda falando em bruxas, o Halloween também produziu outros personagens considerados trash, como a Elvira. Não que ela fosse exatamente o tipo de witch que estamos acostumados, mas vale sim uma menção honrosa à Rainha das Trevas. Aliás, para quem não sabe, antes do filme, a personagem era apresentadora de filmes de terror, daquelas que falam sobre o longa antes que ele vá ao ar. A atriz Cassandra Peterson levou o papel a sério e até hoje tem seu 1958 T-Bird turbinado.
Outra que merece nosso destaque é Mortícia Addams, especialmente na pele de Angelica Houston. Apesar de ser considerada uma vampira sem pressas, a árvore da família da mãe de Wednesday e Pugsley pode ser rastreada até Salem, Massachusetts. A bruxaria também está implícita, por vezes, na série de televisão.
As bruxas da vida real
Sim, você conhece alguma bruxa no seu trabalho, na faculdade ou na vizinhança. Nem sempre com verrugas na ponta do nariz (mas normalmente têm verrugas, já perceberam?), elas também podem ser classificadas como sanguessugas, traiçoeiras, vacas – tadinha dos animais! – e tantos outros nomes.
Porém são tão facilmente reconhecíveis que fica difícil não acreditar que vieram ao mundo só para nos infernizar. O que fazer com elas? Há algumas alternativas, a saber:
– Deixe-a no vácuo: ela não pode mandar um feitiço se você não acreditar nela
– Aprenda contra-feitiços: conhecimento é sempre bom e defender-se não é errado
– Seja melhor: basta trabalhar um pouco mais e ela saberá com quem está lidando
– Se a opção anterior funcionar ao contrário e ela virar mais vaca: mande-a gentilmente à pqp porque seu trabalho é realmente melhor.
A História
Foi no século XIX que a festa foi levada para os EUA. Fora do calendário Gregoriano (esse que a gente usa atualmente), estima-se que a data seja celebrada pelos celtas tem uns 2.500 anos, pelo menos. Aqueles sábios acreditavam que, no último dia do verão (31 de outubro), os espíritos saíam dos cemitérios e visitavam os carinhas que moravam logo ali.
Para evitar que os ghosts e a horda zumbi fossem dar alô, os celtas enfeitavam suas casas com itens – considerados por eles – como ‘objetos assustadores’. É por isso que a decoraçao tem caveira, outros ossos quebrados e abóboras com caras que deu ruim.
O tempo passa, o tempo voa, e a festa é considerada pela Igreja como pagã. Para amenizar seus efeitos, dataram o “All Hallow’s Eve” (vigília de Todos os Santos), que começava no dia 31 de outubro e seguia até o dia 01 de novembro.
A única coisa boa que saiu disso é que deu-se um nome para a data (mexe aqui, trava acolá), Halloween. Porém, as pessoas que ousavam brincar no dia 31 foram perseguidas e queimadas na Fogueira da Inquisição. A obra de Goya, denominada ‘O Sabá das Bruxas’, é um dos exemplos de como artistas da época atacavam chamada Santa Inquisição.
Daí, meros mortais, a coisa foi ficando muito séria. Com o tempo, foram crescendo a regra e sempre acrescentado um negócio aqui e ali: homens e mulheres que invocavam o demo, com gato preto; mulheres com gatos de qualquer cor; mulheres que gostavam de usar preto… Foi uma perseguição tão grande que resolveram exterminar todos os felinos possíveis, porque – segundo a crença da época – as mulheres queimadas na fogueira, antes de morrer, transferiam suas almas para os miau.
E foi aí que Deus tirou férias. Naquela época, a higiene era um luxo enorme e sem gatos para caçá-los, os ratos fizeram muitos filhinhos e comemoraram a valer. A peste bubônica foi responsável pela morte de cerca de ¼ da população européia, em 1347. Aquela festa também ganhou um nome: Idade das Trevas.
Lições de hoje
1. Bruxas existem e nem sempre são más.
2. Bruxas más existem e estão perto de você. Defenda-se.
3. Aprenda a história real antes de sair espalhando bobagens.
4. Animais são nossos amigos, especialmente os domésticos.
5. Nem toda bruxa tem cara de wicth, às vezes elas são falsas, e nos alegram mesmo assim.
6. Lembre-se sempre que pensamentos, mesmo empíricos, podem ter resultados catastróficos.
7. Use a cor que quiser, no ambiente que quiser, com bom senso. A Fogueira real já acabou, mas…
Eu não acredito nas bruxas, mas que elas existem, elas existem.
Na próxima semana: Como realizar todos os itens da lista de urgente
S01EP05