Com o comércio reabrindo, quem não tem noção ou opção tá se arriscando lá fora. Mas para os gamers que querem, e podem, ficar em casa, tem um jeitinho de dar uma volta por aí: os walking simulators.
O nome bobo surgiu inicialmente de forma pejorativa para descrever um estilo de jogo focado na história e sem ação, em que o personagem anda por aí interagindo com o cenário e descobrindo informações. Super imersivos, alguns desses jogos são muito recompensadores, com histórias ricas, belos cenários e momentos de relaxamento e reflexão ou tensão extrema, dependendo do tipo de história.
Aqui vão 5 jogos nesse estilo pra você bater perna enquanto aprecia uma boa história.
Draugen
Em Draugen você é o irmão preocupado de uma jornalista que partiu em uma viagem e não deu mais notícias. Essa busca leva você e uma amiga a uma linda vila isolada no interior da Noruega, nos anos 20. Só que a vila está deserta e há indícios de que algo terrível possa ter acontecido. Para encontrar sua irmã você vai explorar as casas da vila e descobrir, em recortes de jornal, diários pessoais e outros locais, o que aconteceu e como sua irmã está envolvida nisso.
Firewatch
Você é um cara que resolve virar guarda-florestal depois de passar por problemas familiares bem pesados. O ar puro, as belezas naturais e a tranquilidade de uma cabana no meio da floresta prometiam fazer bem pra você, cujo trabalho envolve principalmente vigiar possíveis focos de incêndio em uma rotina bem-vinda. Mas como nem tudo são flores, você começa a se sentir vigiado e a encontrar certos indícios de que algo sinistro está acontecendo. O clima crescente de tensão e paranóia me deixou na ponta do sofá, mas o destaque do jogo são os diálogos bem escritos que o personagem tem com uma colega com quem ele conversa pelo rádio, mas que nunca viu.
Quer conferir essa lista em vídeo? Assista abaixo:
Dear Esther
O mais paradão de todos, mas nem por isso menos interessante. Neste ‘jogo’, se é que podemos chamar assim, você tem como únicos comandos andar e dar zoom para ver melhor alguma coisa. A história se desenrola à medida em que você explora uma ilha desabitada com construções abandonadas e um narrador melancólico lê trechos de cartas enviadas para uma mulher chamada Esther. É um jogo sobre estar sozinho com seus pensamentos, e oferece alguns momentos relaxantes de contemplação.
Gone Home
Aqui, em vez de passear lá fora, o jogo traz você voltando pra casa depois de passar 1 ano no exterior. Alguém deveria ter pego você no aeroporto mas ninguém apareceu, e você não encontra ninguém em casa. Algo não está certo. O que aconteceu? É isso que você vai descobrir, à medida em que anda pela casa livremente e vai juntando as peças. Lançado em 2013, Gone Home causou muito impacto no mundo dos games por romper com vários dos conceitos do que é considerado um jogo de videogame. Sem pontos, sem barra de vida, sem a ação como objetivo, o jogo é um manifesto sobre a importância da narrativa, do uso da mídia para contar histórias de forma impossível em qualquer outro lugar.
What Remains of Edith Finch
Neste lindo jogo independente (meu favorito!), você é Edith, a última Finch viva, que está retornando à bizarra casa onde várias gerações da família viveram e morreram. A cada quarto que entra, você vivencia a vida de um membro diferente da família no dia da sua morte. Apesar da premissa aparentemente sinistra, o jogo não tem sustos, mas tem histórias incrivelmente emocionantes. É uma obra-prima da poesia em forma de jogo!