Todo Amor do Mundo Cabe em 8gb é um conto de ficção científica disfarçado de romance, ambientado em Manaus futurista (pero no mucho) e publicado semanalmente no Mapingua Nerd. Leia os capítulos anteriores aqui.

Imagem de Capa: Linda Lin


O que sabemos até aqui:

O D-hand é um aparelho sensacional.

Fato.

Os aplicáveis são a segunda coisa mais sensacional depois do d-hand.

Fato comprovadíssimo.

Os d-hand começaram a dar defeito, para desespero da Usb.live.

Há controvérsias.

Logo mais, uma grande catástrofe aconteceria, caso novos usuários continuassem se conectando ao sistema.

Balela.

E não havia previsão para o aumento de suporte da rede, coisa que os engenheiros da USB.live tentavam desesperadamente resolver.

Não é bem assim…

Mas, quem sabe, Celeno Novo, o gênio que agora ocupa o lugar de seu finado pai frente à presidência da USB.live não teria a resposta para resolver os problemas que assolam a USB.live?

Celeno quem?

*******

Em algum lugar, não muito longe da cidade onde a sede da USB.live ficava (um prédio cônico cheio de luzes neon roxas em suas janelas,  situado onde era o antigo Teatro Amazonas), uma conspiração que acabaria definitivamente com o poderio mundial da USB.live se iniciava.

Os envolvidos debatiam avidamente suas ideias e alguns radicais já estavam dispostos a colocar o planos em prática, antes mesmo de terem algum plano.

Um deles, se chamava Victor Cerasogf.

A história de Victor é bastante interessante, uma vez que está relacionada diretamente às origens da USB.live, de como os fundadores desta roubaram todas as ideias da empresa de sua família deixando-os na miséria, de como o presidente traiu o pai de Cerasofg (de quem era sócio) e de como o criador do D-hand conseguiu acesso aos protótipos iniciais do que nas palavras do Presidente da USB.live era: “Uma ideiazinha sem perspectivas, que com certeza não iria vingar nos negócios”  para, alguns meses depois do lançamento do d-hand, ele comentar em sua biografia atualizada: “uma ideazinha cheia de perspectivas que eu sempre acreditei que iria vingar nos negócios!” – Com um sorriso do tamanho do mundo na cara.

Em algumas entrevistas, a jornalista responsável pela biografia deixou escapar que ele também havia falado em algum momento a frase: “afinal, achado não é roubado!”  — caindo em gargalhada logo em seguida.

Os puristas nunca puderam afirmar isto, já que:

1. As primeiras edições da biografia “D-hand: Como enriqueci usando a cabeça” foram retiradas das livrarias tão rápido quanto possível;

2. A jornalista, após deixar escapar esta informação em público, por alguma razão misteriosa, nunca mais foi encontrada.

Então, apenas as versões editadas desta biografia seguiam nas bancas.

Continuando, onde é que estávamos?

Ah, sim. Victor Cerasofg.

Falaremos mais sobre ele depois do capítulo seguinte sobre Celeno Novo.