Atualmente vivemos em uma geração onde estamos super expostos a mídia. Vemos conteúdo originado de toda parte do mundo todos os dias e ainda assim alguns se surpreendem quando demonstramos interesse em culturas que não são a de nosso país. Com a cultura japonesa isso não é nada diferente, ainda mais quando falamos sobre animes e mangás. Não foi uma ou duas vezes que meus pais falaram “desse gibi ao contrário” ou do “desenho de boca torta” como sendo conteúdo infantil, e é muito fácil entender o porquê, afinal na época deles a animação era uma mídia com foco em entretenimento para crianças e foi assim durante um bom tempo.

Felizmente meus pais e a mídia já compreendem animação de uma maneira diferente, podemos ver narrativas riquíssimas e com temas muito maduros em grandes produções de animes desde os anos 90 e a sua popularidade principalmente no ocidente fez com que o investimento para a produção de mais filmes e série japonesas consigam sair com uma qualidade imensa.

Os temas dos animes voltados principalmente ao público adulto (chamados, seinen para homens e josei para mulheres), são muito versáteis em seus temas, abordando dramas como os de guerra, problemas sociais, sexualidade, análises políticas e sci-fi’s explorando por exemplo as leis da robótica, claro que estes possuem alguns elementos comuns da narrativa tradicional, mas tendem a roteiros densos e pesados.

Por fim algumas recomendações que creio que mostram para qualquer um que animes podem não ser nada infantis como: Akira, um filme genial que criou padrões visuais e de estilo que aparecem até hoje em outros filmes, sem contar com a história que é ótima. Ghost in the Shell, mais que um sci-fi, é sobre entender o que forma um indivíduo, sim vai ter filme, sim vai ser com a Scarlett Johansson. Usagi Drop que fala sobre o que é ser uma família, muito muito bacana. E Nana com a histórias de duas mulheres e como a vida pode dar oportunidades totalmente diferentes as pessoas.