Tudo bem pessoal? Espero que sim. Estamos de volta com mais um post da nossa série sobre grandes roteiristas. Se você ainda não leu os anteriores, clica aqui que eu te mostro um pouco da vida e obra de algumas das grandes mentes de Hollywood.


E hoje não falaremos apenas de um, mas de dois roteiristas brilhantes, os irmãos Coen.

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Filhos de um economista e uma historiadora, Joel e Ethan Coen cresceram em St. Louis Park, Minnesota. Ainda garotos já demonstravam seu gosto por filmes – após juntar algum dinheiro cortando gramas, Joel comprou uma super-8 (câmera de baixo custo, popularizada durante os anos 60 nos EUA), e começou a fazer pequenos filmes com seu irmão, baseado nos programas, séries e outros filmes que assistiam na TV.

Após concluírem o high school, Ethan foi para Universidade de Princeton, onde graduou-se em Filosofia. Seu trabalho final foi uma tese intitulada Duas visões da Filosofia Tardia de Wittgenstein.

Joel partiu para a Universidade de Nova Iorque, onde estudou durante quatro anos e preparou um pequeno filme chamado Soundings. O filme mostrava uma mulher durante relação sexual com seu namorado surdo, e que ao mesmo tempo, fantasiava verbalmente fazendo sexo com o melhor amigo dele, que estava ouvindo na sala ao lado.

Após sair da faculdade, Joel trabalhou como assistente de produção em algumas produtoras de filmes. Ele desenvolveu um gosto particular pela edição e encontrou Sam Raimi, que estava procurando um assistente de direção para seu primeiro filme, The Evil Dead. E assim começou sua carreira (nota do autor: O cara saiu de editor de filmes trash, para um dos maiores roteiristas do mundo do cinema, isso que é upgrade!).

O primeiro grande trabalho dos irmãos, e considerados por muitos o melhor, foi o longa Fargo (1996). O longa se passa em 1987, na cidade de Fargo, Dakota do Norte, onde o gerente (William H. Macy) de uma revendedora de automóveis vai mal financeiramente, daí então elabora o sequestro da própria esposa (Kristin Rudrud) e faz um acordo com dois marginais (Steve Buscemi e Peter Stormare), que ganhariam um carro novo e metade dos 80 mil dólares que seriam pagos pelo seu sogro (Harve Presnell), um homem muito rico. Mas uma série imprevistos cria logo de início um triplo assassinato que muda totalmente o curso do plano.

O trabalho dos irmãos foi tão bom que renderam a eles tanto o Oscar de melhor roteiro original, como o de melhor direção também. Dois anos depois é lançado outro filme que arrebatou as críticas: O grande Lebowski.

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Dois mafiosos invadem o apartamento de Jeff Lebowski (Jeff Bridges) atrás de uma grana e fazem xixi no seu tapete, mas trata-se de um engano: quem deve dinheiro na praça é a esposa de outro homem, um milionário que também se chama Jeff Lebowski. Dude, como chamam o Lebowski loucão, decide fazer uma visita ao Lebowski rico para cobrar um tapete novo, e ele e seu amigo Walter (John Goodman) são envolvidos numa história que inclui sequestro, extorsão, trapaça, sexo e drogas. O filme consolida o estilo dos Coen, tramas dramáticas repletas de humor.

Em 2008, Joel e Ethan Coen trazem às telas uma obra prima do cinema: Onde os fracos não têm vez.

O filme se passa no Texas durante a década de 80. Um traficante de drogas é encontrado no deserto por um caçador nada inteligente, Llewelyn Moss (Josh Brolin), que pega uma valise cheia de dinheiro mesmo ciente de que em breve alguém irá procurá-lo por isso. Logo Anton Chigurh (Javier Bardem), um assassino psicótico sem senso de humor e piedade, é enviado em seu encalço. Para alcançar Moss, ele precisará passar pelo xerife local, Ed Tom Bell (Tommy Lee Jones). 

A história criada pelos irmãos vai deixar você pasmo. Além de escrevem e dirigirem, foram também responsáveis pela edição e criaram um pseudônimo (Roderick Jaynes) só para tirar os seus nomes dos créditos. O filme arrematou 4 estatuetas, entre elas o de melhor roteiro adaptado (óbvio) e de melhor filme.

Os irmãos Coen ainda receberiam indicações ao Oscar por melhor roteiro em Bravura Indômita (2010) Ponte de Espiões (2015). O próximo trabalho deles é a comédia musical Ave, César! com lançamento para este ano.