Publicado em 2001 em uma edição única, o Esquadrão Amazônia foi uma ação criada pela agência paraense Galvão Propaganda para a (na cabeça uma fita verde e branca, que nós ganhemo de lembrança da) Amazônia Celular. Nela, um grupo de super-heróis da amazônia vai “defender nossa região dos inimigos da natureza, ao mesmo tempo em que ensinam os assinantes da Amazônia Celular como aproveitar ao máximo o seu celular com os diversos Serviços Inteligentes disponíveis“, como diz a introdução.
A HQ chamou atenção na época por ter sido escrita e ilustrada pelo artista da Marvel, Joe Bennett, que desenhava a revista ‘Peter Parker: The Amazing Spider Man’, e que já havia trabalhado nas revistas Hulk 2099, Conan, Spider Man Unlimited, Wolverine, X-Men, Nova, e que depois desenhou ainda Vingadores e Supremo (com ninguém menos que Alan Moore).
Joe Bennet é o nome artístico do paraense Benedito José Nascimento, o Bené. Depois do sucesso na Marvel, Joe trabalhou também para a DC Comics, em títulos como Birds of Prey, Hawkman (Gavião Negro) e agora nos Novos 52.
Na ocasião do lançamento do Esquadrão Amazônia, Joe veio ao nosso bom e velho Amazonas Shopping distribuir autógrafos. Peguei dois, um na revista e outro em um desenho que ele fez na hora, do personagem Boi. meu irmão pegou um da Onça (onde será que ela guarda o celular?). Você estava lá também?
Voltando à HQ: Em suas poucas 20 páginas, ela apresenta cada um dos personagens, sempre em meio a lutas com vilões que pretendem desmatar ou poluir a floresta, enquanto utilizam os serviços de Caixa Postal e Chamada em Espera. Ao final, todas as lutas eram um ‘holoteste’, uma simulação criada pela Vitória-Régia, a mulher que comanda o QG e o grupo de super-seres. Tudo isso com o objetivo de treiná-los para enfrentar o vilão que é revelado ao final da primeira edição, um lagarto antropomorfizado, que “já foi um homem rico e poderoso… cuja ganância e arrogância o levaram a se submeter a experiências de longevidade e aperfeiçoamento físico. Isso falhou e agora ele é um amontoado de escamas, muco e ódio“. A edição termina com os heróis invadindo o covil do vilão.
Embora o roteiro seja mesmo bem raso, tanto pelo número reduzido de páginas quanto pela necessidade de inserir as maravilhas da telefonia móvel a todo momento, a arte do Joe Bennet é mesmo incrível e só por isso já vale a leitura. Some-se a isso o fato de termos, provavelmente pela primeira vez, uma HQ com super-heróis da Amazônia, e temos então uma edição bem bacana de ter na coleção.
Bateu saudade ou curiosidade? Eu encontrei ela escaneada e disponível para download aqui! E não, não fui eu quem escaneou.