‘A Casa da Floresta’, livro lançado em 1994 como um prequel da série ‘As Brumas de Avalon’ (1979), foi meu primeiro contato com a obra de Marion Zimmer Bradley, há uns bons 15 anos. Me apaixonei pelas personagens, pela ambientação e pela mitologia, e a partir daí passei pela ‘Senhora de Avalon’ até chegar às famosas Brumas.
De tudo que já li sobre Rei Arthur, de Sir Thomas Malory a Bernard Cornwell, o trabalho de Bradley foi o único a contar todos aqueles feitos de nobreza e bravura pela ótica feminina, com personagens muito ‘reais’, como sua mãe, irmã e esposa, lidando com seus medos, desejos e papel na sociedade, enquanto constroem a lenda do ‘rei que foi e que será’, como explica Adriana Amadio Santos, estudante do 7o período de Letras-Língua Inglesa da UFAM:
“Nas narrativas canônicas, o papel da mulher é de pouca importância. Em A Morte de Arthur (Le Mort D’Arthur,1485) de Thomas Malory, por exemplo, as mulheres representam apenas o preparo do advento dos grandes heróis ou a impeditiva da evolução dos mesmos, simbolizando a mulher anjo e a mulher monstro respectivamente. Marion Zimmer Bradley inova as narrativas arturianas ao criar uma versão que segue uma perspectiva feminina.”
Esse é o ponto de partida da palestra que Adriana apresentará no V Colóquio de Estudos Linguísticos e Literários da UFAM, ‘O Feminino em As Brumas de Avalon’ de Marion Zimmer Bradley: o papel da mulher, sua importância e apagamento nas narrativas canônicas‘.
“Eu sempre gostei muito de narrativas arturianas e sou muito fã de As Brumas de Avalon. Estávamos estudando literatura medieval e meu professor mencionou algo relacionado ao feminino nessas narrativas e eu pensei que seria muito interessante estudar mais sobre isso, especialmente fazendo uso de uma obra que eu já gostava bastante”, conta.
Resumo:
De 26 a 28 de junho