O ano está terminando, e com ele chegam as reflexões, as novas metas, e porque não, a lavagem de roupa suja? Preparei essa pequena lista com os piores filmes (na minha opinião) de 2017. Então confira aí e tente não chorar.


Alien Covenant


Ridley Scott está provando que o que ele quer mesmo é contar a história que ele tem na cabeça, independente da qualidade, ou dos gostos dos fãs.

Em Covenant, vemos a sequência de Prometheus, ou seja, o velho dilema entre criatura e criador. Com o enredo mais voltado a David (Michael Fassbender), são as pontuadas cenas de suspense e terror que nos fazem lembrar que estamos no universo de Alien.

A Torre Negra

Muito se esperava, pelo menos por parte dos fãs, de A Torre Negra. A adaptação de uma das maiores obras de Stephen King consegue falhar em quase todos os aspectos. Não consegue nos situar dentro do universo da história, nos confunde ao contar as motivações dos personagens (deve-se lembrar que a maior parte do público não leu os livros) e tristemente desperdiça o talento de seu elenco que conta com Idris Elba, Matthew McConaughey e Katheryn Winnick.

Valerian

Não é de hoje que a ficção científica sofre com suas adaptações para o cinema, Valerian é mais uma obra que vai para estatística.

Luc Besson muito se preocupou em tornar o filme uma maravilha visual, o que é inegavelmente louvável. As maquiagens digitais deste filme são muito bem feitas, ainda assim só isso não sustenta o filme.

A HQ que teve como enfoque a relação entre os diversos seres do universo, e como suas culturas se contrapõem, viu sua adaptação cinematográfica resumir isso a 3 minutos de filme, e todo o restante a uma história de assalto e golpe de estado clichê.

Ghost in the Shell

Falando em filmes ruins de ficção científica, que tal lembrarmos dessa decepção que foi Ghost in the Shell? Sem contar todo o problema envolvendo whitewashing dos personagens, a versão hollywoodiana não chegou nem perto do que foram os animes.

Mais preocupado em mostrar uma Tókio futurística e repetir em live action cenas já vistas nos filmes originais, o longa cansa e frusta quem se submete as suas massantes 2 horas.

Transformers – O Último Cavaleiro

O quinto filme da franquia de Michael Bay não decepcionou quem esperava mais um filme cheio de explosões, tiros e uma história totalmente esquecível.

Já não tendo de onde tirar ideias, os roteiristas dessa vez quiseram nos mostrar que houve um contato do povo de Cybertron com os humanos, no período do Rei Arthur. Uma premissa até que interessante, mas que não consegue sustentar-se no longa. Com personagens sem carisma e pouco explorados, nem Anthony Hopkins conseguiu salvar o filme.

A Múmia

Enquanto a Paramount vê sua galinha dos ovos de ouro perder finalmente o fôlego junto ao público-alvo, a Universal não fica muito atrás em questão de prejuízo e amarga a “largada queimada” do Dark Universe, ambicioso projeto do mega empresário de cinema Alex Kurtzman, roteirista e produtor de franquias como Star Trek, Homem-Aranha e Transformers.

A Múmia seria o primeiro passo deste universo interligado de monstros, com Kurtzman à frente do longa, jogando em todas as posições: roteiro, produção e direção. Bem, podemos dizer que não existem tantas outras pessoas para culpar pelo resultado. Com um Tom Cruise em mais um papel cheio de corridas, saltos e situações engraçadinhas e Sofia Boutella interpretando uma vilã rasa e nem um pouco amedrontadora, A Múmia dificilmente fará com que o Dark Universe tenha continuidade.

Death Note

Você já teve a sensação de ter perdido horas da sua vida fazendo algo totalmente inútil? Pois bem, isso foi o que senti ao assistir o live action da Netflix. Sem qualquer comparação ao Mangá/Anime, Death Note é um filme com um enredo sem sentido, com personagens que mudam de comportamento sem qualquer motivo aparente (antes fosse que eles estivessem sob o efeito do caderno) e com piadas totalmente sem graça e desnecessárias. Ainda que a proposta do filme tenha sido fazer algo diferente do original, partindo apenas de sua premissa, mesmo assim ele se perde dentro de si mesmo.

Vamos torcer para que a Netflix tenha aprendido alguma coisa com esse projeto e faça um melhor trabalho quando for adaptar outra obra japonesa.